sexta-feira, 21 de março de 2008

Especial: Ayrton Senna

Se estivesse vivo, o brasileiro Ayrton Senna completaria hoje 48 anos de idade. Sendo assim, preparo esta matéria em homenagem ao nosso tri-campeão.

Ayrton Senna estreou na Fórmula 1 em 1984, no Grande Prêmio do Brasil. Com resultados expressivos na Inglaterra nos anos de 1982 e 1983, na Fórmula Ford 1600 e na Fórmula 3, testou pela primeira vez um Fórmula 1 em 1983 no circuito de Donington Park, a bordo da Williams de Keke Rosberg.
Sem conseguir lugar nas principais equipes do circo, Senna assinou com a Toleman, marcando seu primeiro ponto na segunda etapa, no Grande Prêmio da África do Sul, em Kyalami. A grande atuação de Ayrton Senna foi em Mônaco, chegando em 2º lugar após um grande desempenho debaixo de chuva no principado, mas não ganhou a corrida porque na 31ª volta, a direção da prova suspendeu a corrida, a vitória ficou com o francês Alain Prost. Em 1985, Senna foi para Lotus, onde permaneceu até o final de 1987. no primeiro ano pela equipe, terminou a temporada em 4º lugar com 38 pontos, e envolveu-se em duas situações polêmicas, quando em Mônaco voltou a pista no final dos treinos para atrapalhar Niki Lauda, Michele Alboreto e Nigel Mansell, e na África do Sul, quando fechou seu então companheiro de equipe Elio de Angelis, que quase chegaram às vias de fato nos boxes da Lotus. Em 1986, Senna, correndo ao lado do escocês Johnny Dumfries, terminou novamente em 4º lugar, desta vez com 55 pontos. Elio de Angelis foi para a Brabham, mas faleceu após acidente nos treinos particulares em Paul Ricard. Na temporada de 1987, a Lotus trouxe os motores Honda e o japonês Satoru Nakajima para a equipe, mas isso não foi o suficiente para manter Ayrton Senna na equipe, que não era o mesmo time vencedor dos tempos de Colin Chapman. Terceiro colocado no campeonato com 57 pontos, Senna assinou contrato com a McLaren e ainda levou os motores da Honda para a equipe inglesa, mantendo-se com a Lotus e deixando a Williams, campeã da temporada. Na McLaren, Ayrton Senna viveu seus dias de glória, conquistando os 3 títulos impulsionado pelos motores da Honda. Em 1988 e 1989, correu ao lado de Alain Prost, um dos maiores pilotos do certame, protagonizando os grandes duelos no final da década de 80. Prost tornou-se o grande rival de Senna no circo da Fórmula 1 até 1993, quando o francês deixou a categoria. Campeão em 1988 e vice em 1989, após a polêmica desclassificação em Suzuka, Senna sofreu com a perseguição política de Jean Marie Balestre, então presidente da FIA. Para a temporada de 1990, a McLaren contratou o austríaco Gerhard Berger para o lugar de Alain Prost, que foi para a Ferrari. O campeonato foi decidido novamente no Japão, mas desta vez Senna bateu em Prost logo na largada, dando a Senna o 2º título na Fórmula, e para coroar o dia brasileiro, Nelson Piquet venceu a corrida com Roberto Moreno em 2º lugar. Em 1991, Ayrton Senna conquistou o 3º título, desta vez em duelo emocionante com o inglês Nigel Mansell. Após largar na frente e vencer as 4 primeiras corridas do ano, Senna foi mal no Canadá, corrida que marcou a última vitória de Piquet na categoria. A partir do México, as Williams começaram a mostrar força e deram muito trabalho a Senna e a McLaren até o Japão, quando Mansell abandonou a corrida e Senna faturou o título. Na Austrália, o brasileiro venceu a corrida mais curta da história da Fórmula 1. Debaixo de uma chuva torrencial, Senna e Mansell travaram um grade duelo pela liderança até o inglês sair da pista, mas como a prova foi interrompida, ambos mantiveram as duas primeiras colocações, com Berger em 3º, e Piquet, na sua última corrida pela categoria, terminando em 4º lugar. Com um carro totalmente superior ao dos adversários, a Williams deu a Nigel Mansell o título de 1992, com 5 corridas de antecipação. Ayrton Senna terminou o campeonato apenas em 4º lugar com 50 pontos, atrás de Riccardo Patrese e o futuro campeão Michael Schumacher, na pior temporada do brasileiro pela McLaren. Após ser vetado por Alain Prost na Williams, Senna permaneceu na McLaren por mais 1 ano. Vice-campeão com 73 pontos, Ayrton Senna fez uma brilhante temporada, protagonizando duelos com Jean Alesi no Canadá, principalmente com Prost e Schumacher. Sem dúvida, a grande corrida de Senna foi no GP da Europa, realizado em Donington Park, quando caiu para 5º na largada e ultrapassou em 1 volta, Michael Schumacher, Karl Wendlinger, Damon Hill e Alain Prost, dando um show nos adversários, tanto com pneus de pista molhada e para pista seca, debaixo da chuva. Ayrton venceu também no Brasil, em Mônaco, no Japão e na Austrália, corrida que marcou a despedida do brasileiro na McLaren e de Alain Prost e Riccardo Patrese da Fórmula 1, além da reconciliação com o francês no pódio. Para 1994, Senna chegou a equipe Williams, mas com o fim dos dispositivos eletrônicos e a suspensão ativa, o time de Grove teve que recomeçar seu projeto. Apesar das 3 poles nas 3 corridas que disputou, foi o único ano que Ayrton Senna não somou nenhum ponto. Em San Marino, 3ª etapa do campeonato, num final de semana fatídico, Rubens Barrichello bateu nos treinos da sexta-feira e ficou de fora da corrida. Nos treinos de sábado, o austríaco Rolando Ratzemberger morreu após uma batida violenta na curva Villeneuve, e no domingo, quando liderava a corrida, Ayrton Senna passou reto na curva Tamburello e bateu a mais de 300 quilômetros contra o muro, após a quebra da barra de direção. Era o fim de uma das carreiras mais bem sucedidas da história da Fórmula 1. Depois de Elio de Angelis, 8 anos antes, a categoria voltou a perder pilotos em acidentes. Passados quase 14 anos após a morte de Ayrton Senna, muitas melhorias ocorreram em relação à segurança nas pistas e desde então, não tivemos mais nenhuma vítima fatal na categoria.

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