quarta-feira, 2 de julho de 2008

Creative Commons

Neste trabalho, vou fazer um breve comentário sobre o creative commons e qual sua importância para a internet.


O Creative Commons é uma ferramenta de busca que nos permite saber quais são os trabalhos, obras, fotos, textos, entre outros, que possuem direitos autorais. Através deste programa, o usuário tem o conhecimento dos conteúdos que possuem autorização para serem reproduzidos por outros internautas.

Pelo site do Creative Commons, o internauta pode
buscar e saber quais conteúdos possuem autorização ou são proibidos de cópia. Os documentos com o selo copyright, ou indicados pela letra “c” circulada e escrita ao lado, “Todos os direitos reservados”. Neste caso, podemos até visualizar o arquivo, mas não podemos reproduzi-la. O Creative Commons também possui uma versão brasileira, através do link abaixo.
http://www.creativecommons.org.br

Página inicial do site do Creative Commons

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Piloto da Semana: Riccardo Patrese

Fontes:
4mula1
Formula One Web Site Official

Riccardo Patrese ingressou na Fórmula 1 em 1977, pela equipe Shadow. O primeiro ponto na categoria veio em Fuji, última corrida da temporada, com a 6º colocação na pista japonesa. Com a cisão da equipe Shadow, foi fundada a Arrows, equipe que Patrese transferiu-se em 1978, onde ficou até 1981.

Foi na Arrows que Riccardo Patrese subiu ao pódio pela primeira vez na Fórmula 1, com a 2ª posição no Grande Prêmio da Suécia, em Anderstorp. O fato negativo da temporada foi a morte do sueco Ronnie Peterson, na largada do Grande Prêmio da Itália. James Hunt, que havia se chocado com Patrese, acabou batendo na Lotus de Peterson, que bateu contra os guard-rails. A batida rompeu o tanque de gasolina, que estourou e começou a pegar fogo. Mesmo a ajuda de Hunt e outros pilotos não foi suficiente para salvar o Peterson, que faleceu no ida seguinte, vítimas de diversas complicações em razão do grave acidente. Patrese foi suspenso por 1 corrida, sendo considerado culpado pelo acidente.

O ano de 1979 não foi bom para Patrese, que pontuou apenas no Grande Prêmio da Bélgica, onde terminou em 5º lugar. Na temporada de 1980, o italiano voltou a subir no pódio, com a 2ª colocação em Long Beach, nos Estados Unidos.

A temporada de 1981 começou muito bem para Patrese, que somou seus 10 pontos nas quatro primeiras corridas do ano. Conquistou a primeira pole na carreira na etapa de abertura, em Long Beach, nos Estados Unidos, e a única da Arrows na Fórmula 1. depois, o italiano foi 3º colocado no Brasil e 2º em San Marino.

Em 1982, Patrese foi para a Brabham correr ao lado de Nelson Piquet, campeão do ano anterior. Durante a temporada, a escuderia comandada por Bernie Ecclestone trocou os motores Ford pelos BMW. Em sua temporada de estréia na Brabham, Riccardo Patrese conquistou também sua primeira vitória na categoria, no Grande Prêmio de Mônaco. Aproveitando-se da chuva e da batida de Prost, que liderava com folga a disputa, Patrese ainda perdeu a liderança para Didier Pironi, da Ferrari, mas o francês abandonou na última volta, dando a vitória ao italiano.

Riccardo Patrese venceu sua primeira corrida em 1982, pela Brabham

A temporada de 1983 foi marcada pela disputa entre Ferrari, Renault e Brabham na disputa pelo título. Riccardo Patrese pontuou em apenas duas corridas, com o 3º lugar na Alemanha e a vitória na África do Sul, e não venceu em San Marino porque bateu na curva Acqua Minerale faltando 3 voltas para terminar a corrida. Mesmo em desvantagem, Nelson Piquet conseguiu seu segundo título, superando os franceses Alain Prost e René Arnoux nas últimas etapas.

Transferido para a equipe Alfa Romeo em 1984, Riccardo Patrese competiu em seus dois anos pela equipe ao lado do norte-americano Eddie Cheever, ex-companheiro de Prost na Renault. Com 8 pontos ao longo do ano, o piloto italiano subiu ao pódio com o 3º lugar no Grande Prêmio da Itália. Já em 1985, Patrese teve seu pior ano na Fórmula 1, foi a única temporada que o italiano não somou pontos.

De volta à Brabham, Patrese iniciou a temporada de 1986 correndo com Elio de Angelis, egresso da Lotus. Com a morte de Elio após acidente nos treinos particulares em Paul Ricard, na França, Derek Warwick ocupou o lugar deixado pelo italiano. Com um carro instável, Patrese somou apenas 2 pontos, terminando os Grandes Prêmios de San Marino e dos Estados Unidos na 6ª colocação. Em 1987, Riccardo Patrese pontou novamente em duas ocasiões, com um 5º lugar na Hungria e a 3ª posição no México. Na última corrida do ano, foi para a Williams, no lugar de Nigel Mansell, que se recuperava do acidente no Japão.

Com a transferência de Nelson Piquet para a Lotus, Patrese permaneceu na Williams em 1988, ficando na equipe de Frank Williams até o fim de 1992. Campeã no ano anterior com os motores Honda, a equipe inglesa perdeu para a McLaren os propulsores japoneses. Com diversos problemas com os motores Judd, que deixaram Mansell e Patrese na pé em muitas corridas.

Em 1989, Thierry Boutsen foi para a Williams no lugar de Nigel Mansell, transferido para a Ferrari. Depois de um começo difícil com os motores Renault, a equipe inglesa acertou o caminho e pontuando constantemente conseguiram terminar o ano em 2º entre as equipes, superada apenas pela McLaren. Quatro vezes segundo colocado, Patrese conseguiu ser o 3º colocado, superado apenas pela dupla Senna-Prost. O belga Boutsen, 5º colocado entre os pilotos, conseguiu suas primeiras vitórias na Fórmula 1, em duas corridas disputadas sob chuva, Canadá e Austrália. Nesta temporada, Patrese passou a ser o recordista de participações em Grandes Prêmios, superando a marca que pertencia a Graham Hill e Jacques Laffite.

Apesar da vitória no Grande Prêmio de San Marino, a temporada de 1990 não foi muito boa para Riccardo Patrese. No Grande Prêmio da Inglaterra, Patrese atingiu a marca de 200 grandes prêmios, tornando-se o primeiro piloto a atingir a marca.

Pela Williams, Patrese conseguiu os resultados mais expressivos na Fórmula 1


Buscando voltar ao topo, a Williams e a Renault investiram alto para 1991. Com a ida de Thierry Boutsen para a Ligier, Nigel Mansell retornou ao time inglês, depois de dois anos na Ferrari. Nas quatro primeiras corridas do ano, Ayrton Senna foi pole e venceu todas, abrindo a vantagem suficiente para garantir o título do ano. A partir do Canadá, a Williams conseguiu superar os problemas com o novo câmbio, e iniciaram uma disputa emocionante contra Senna na disputa pelo campeonato. A temporada foi uma das melhores para Riccardo Patrese, que venceu duas vezes e terminou o mundial de pilotos na 3ª colocação, superado por Senna e Mansell.

Com a ajuda dos novos dispositivos eletrônicos, como controle de tração e suspensão ativa, além da potência dos motores Renault, a Williams ganhou com facilidade o campeonato de 1992. Depois de perder para Prost em 1986, Piquet em 1987 e Senna em 1991, Nigel Mansell conseguiu o único título na carreira, com 5 corridas de antecipação, e mais de 50 pontos a frente do vice-campeão. Patrese conseguiu sua melhor classificação, com o vice campeonato, isso pelos diversos problemas que Senna enfrentou no início do ano com seu McLaren, que tiraram pontos do brasileiro. O alemão Michael Schumacher foi outro piloto que destacou-se durante todo ano, terceiro colocado entre os pilotos, a frente de Ayrton Senna, o quarto colocado. No mesmo ano, Patrese conquistou sua última vitória na Fórmula 1, em Suzuka, no Japão.

Sem lugar na campeã Williams, que contratou Alain Prost e Damon Hill, Patrese foi para a Benetton correr ao lado do promissor Michael Schumacher. Como no ano anterior, os maiores adversários da Williams foram Senna e Schumacher. O melhor resultado de Patrese em 1993 foi a 2ª colocação na Hungria. No mesmo ano, Prost e Patrese despediram-se da Fórmula 1, o francês sagrou-se tetracampeão, enquanto o italiano terminou o campeonato em 5º lugar.

Patrese despediu-se da Fórmula 1 em 1993 correndo pela Benetton

A carreira de Riccardo Patrese na Fórmula 1:
1977: Shadow Ford, 19º lugar com 1 ponto;
1978: Arrows Ford, 12º lugar com 11 pontos;
1979: Arrows Ford, 19º lugar com 2 pontos;
1980: Arrows Ford, 9º lugar com 7 pontos;
1981: Arrows Ford, 11º lugar com 10 pontos;
1982: Brabham Ford e Brabham BMW, 10º lugar com 21 pontos;
1983: Brabham BMW, 9º lugar com 13 pontos;
1984: Alfa Romeo, 13º lugar com 8 pontos;
1985: Alfa Romeo, nenhum ponto;
1986: Brabham BMW, 17º lugar com 2 pontos;
1987: Brabham BMW e Williams Honda, 13º lugar com 6 pontos;
1988: Williams Judd, 11º lugar com 8 pontos;
1989: Williams Renault, 3º lugar com 40 pontos;
1990: Williams Renault, 7º lugar com 23 pontos;
1991: Williams Renault, 3º lugar com 53 pontos;
1992: Williams Renault, 2º lugar com 56 pontos;
1993: Benetton Ford, 5º lugar com 20 pontos;

domingo, 8 de junho de 2008

Robert Kubica vence no Canadá e assume a liderança do campeonato

O polonês Robert Kubica aproveitou-se dos problemas dos adversários e conseguiu a primeira vitória

O polonês Robert Kubica conseguiu neste domingo sua primeira vitória na Fórmula 1, depois de aproveitar-se de um incidente envolvendo Kimi Raikkonen, Lewis Hamilton e Nico Rosberg nos boxes. Sem ver o sinal vermelho no corredor do pit lane, o piloto da McLaren atingiu a Ferrari de Raikkonen, que esperava o sinal verde. Rosberg atingiu o carro de Hamilton, e ambos foram punidos com a perda de 10 posições na largada para o Grande Prêmio da França. Com a vitória, Kubica assumiu a liderança do campeonato. A equipe BMW comemorou também sua primeira dobradinha, com a 2ª colocação de Nick Heidfeld. David Coulthard, da Red Bull, terminou em 3º lugar, voltando ao pódio depois de 2 anos. Outro destaque foram as Toyotas, que terminaram em 4º com Timo Glock e em 6º com Jarno Trulli. Felipe Massa, aproveitando-se da disputa entre Glock e Trulli, passou o italiano e terminou a corrida em 5º lugar. Rubens Barrichello chegou a liderar a prova, e terminou na 7ª posição, somando mais 2 pontos. Nelson Ângelo Piquet novamente abandonou a disputa com problemas no freio de seu Renault, e segue sem pontos depois de 7 etapas.

Resultado Final:

Corrida:
1. Robert Kubica (BMW)
2. Nick Heidfeld (BMW)
3. David Coulthard (Red Bull Renault)
4. Timo Glock (Toyota)
5. Felipe Massa (Ferrari)
6. Jarno Trulli (Toyota)
7. Rubens Barrichello (Honda)
8. Sebastian Vettel (Toro Rosso Ferrari)

Melhor Volta: Kimi Raikkonen (Ferrari)

Classificação:

Mundial de Pilotos:
1. Robert Kubica, 42 pontos
2. Lewis Hamilton, 38 pontos
3. Felipe Massa, 38 pontos
4. Kimi Raikkonen, 35 pontos
5. Nick Heidfeld, 28 pontos
6. Heikki Kovalainen, 15 pontos
7. Mark Webber, 15 pontos
8. Jarno Trulli, 12 pontos
9. Fernando Alonso, 9 pontos
10. Nico Rosberg, 8 pontos
11. Kazuki Nakajima, 7 pontos
12. David Coulthard, 6 pontos
13. Timo Glock, 5 pontos
14. Sebastian Vettel, 5 pontos
15. Rubens Barrichello, 5 pontos
16. Jenson Button, 3 pontos
17. Sebastien Bourdais, 2 pontos

Mundial de Contrutores:
1. Ferrari, 73 pontos
2. BMW, 70 pontos
3. McLaren Mercedes, 53 pontos
4. Red Bull Renault, 21 pontos
5. Toyota, 17 pontos
6. Williams Toyota, 15 pontos
7. Renault, 9 pontos
8. Honda, 8 pontos
9. Toro Rosso Ferrari, 7 pontos


sábado, 7 de junho de 2008

Lewis Hamilton larga na frente em Montreal

O inglês Lewis Hamilton, da McLaren, conquistou sua segunda pole no ano e vai largar na frente no Grande Prêmio do Canadá. Robert Kubica, da BMW, fará companhia ao líder do campeonato na primeira fila. Na segunda fila, largarão Kimi Raikkonen, 3º, e Fernando Alonso, o 4º colocado. O brasileiro Felipe Massa fez apenas o 6º tempo, atrás de Nico Rosberg, da Williams. Rubens Barrichello, mesmo com um carro instável nas retas, conseguiu chegar a última parte dos treinos, e vai largar em 9º, a frente de Mark Webber, que bateu ainda na segunda sessão dos treinos. Nelson Ângelo Piquet mais uma vez não conseguiu apresentar bom rendimento, e vai sair em 15º lugar. A maior reclamação dos pilotos ficou por conta do asfalto de Montreal, que estava quebrando em alguns pontos do circuito. David Coulthard e Mark Webber, ambos da Red Bull, foram os que mais criticaram as condições da pista. Webber ameaça inclusive não largar para a corrida de amanhã.

Grid de largada:
1. Lewis Hamilton (McLaren Mercedes)
2. Robert Kubica (BMW)
3. Kimi Raikkonen (Ferrari)
4. Fernandp Alonso (Renault)
5. Nico Rosberg (Williams Toyota)
6. Felipe Massa (Ferrari)
7. Heikki Kovalainen (McLaren Mercedes)
8. Nick Heidfeld (BMW)
9. Rubens Barrichello (Honda)
10. Mark Webber (Red Bull Renault)
11. Timo Glock (Toyota)
12. Kazuki Nakajima (Williams Toyota)
13. David Coulthard (Red Bull Renault)
14. Jarno Trulli (Toyota)
15. Nelson Angelo Piquet (Renault)
16. Sebastien Bourdais (Toro Rosso Ferrari)
17. Adrian Sutil (Force India)
18. Giancarlo Fisichella (Force India)
19. Jenson Button (Honda)
20. Sebastian Vettel (Toro Rosso Ferrari)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Programação do GP do Canadá

O Grande Prêmio da Canadá realiza neste fim-de-semana a sétima etapa do mundial de Fórmula 1 no próximo domingo.

Confira a programação do Grande Prêmio do Canadá

Sexta-feira (6)
11h - treino livre 1
15h - treino livre 2

Sábado (7)
11h - treino livre 3
14h - classificação

Domingo (8)
14h - GP da Turquia
(70 voltas)

Horários de Brasília

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Piloto da Semana: Alain Prost

Fontes:
4mula1
Formula 1 Web Site Official

O francês Alain Prost chegou à Fórmula 1 em 1980, pilotando pela equipe McLaren. Logo na estréia, marcou pontos com o 6º lugar no Grande Prêmio da Argentina. Com apenas 5 pontos, Prost terminou o ano na 15º colocação o mundial de pilotos, uma das piores temporadas da história da equipe inglesa e a última comandada por Teddy Mayer, um dos fundadores da escuderia, que passou a ser dirigida por Ron Dennis a partir do ano seguinte.

Em 1981, Prost substituiu Jean-Pierre Jabouille na equipe Renault, correndo ao lado de René Arnoux, também francês. E foi no mesmo ano que Alain Prost conheceu a primeira vitória na categoria. Correndo em seu país, Prost largou na 3ª colocação, e com a chuva, superou John Watson e Nelson Piquet na segunda largada, já que a corrida foi paralisada devido às chuvas. Num dos campeonatos mais disputados, Prost venceu também na Holanda e na Itália, terminando o ano em 5º lugar, com 43 pontos, apenas 7 pontos atrás do campeão Nelson Piquet.

A temporada de 1982 tinha tudo para ser ano da França na categoria. Didier Pironi liderava o campeonato com folga, até bater e lesionar as pernas no treino para o Grande Prêmio da Alemanha. Alain Prost começou bem o ano, ganhando as duas primeiras corridas do ano, no Brasil, apesar de terminar em 3ª lugar, aproveitou-se da desclassificação de Nelson Piquet, o vencedor, e Keke Rosberg, o 2º colocado. Com a morte de Gilles Villeneuve na Bélgica e a desistência forçada de Pironi, a disputa pelo título ficou em aberto. Em um campeonato mais disputado que o do ano anterior, 11 pilotos e 7 equipes diferentes ganharam corridas. O finlandês Keke Rosberg conquistou seu único título na Fórmula 1 com apenas 1 vitória, mas premiado pela regularidade, somou 44 pontos, contra 39 de Didier Pironi e John Watson,

Depois de começar mal o ano de 1983, Prost somou seus primeiros pontos com a vitória na França, apenas na 3ª etapa do ano. Os principais nomes da temporada, junto com Alain Prost, foram os pilotos da Ferrari, René Arnoux e Patrick Tambay, e Nelson Piquet. O mundial de construtores ficou com a equipe italiana, e o brasileiro Nelson Piquet deu a equipe Brabham o título de pilotos. A disputa foi até a última etapa do campeonato, na África do Sul. A vitória de Patrese e o 3º lugar de Piquet deram o título ao brasileiro.

Após 3 anos na Renault, Prost voltou à McLaren em 1984, no lugar de John Watson. O francês venceu na reestréia pelo time inglês, no Rio de Janeiro, dividindo o pódio com Keke Rosberg e Elio de Angelis. A temporada foi amplamente dominada pela escuderia inglesa, com Niki Lauda ganhando o campeonato por apenas meio ponto de diferença, quando Prost venceu em Mônaco, mas os 6 primeiros colocados ganharam apenas metade dos pontos, já que a corrida durou menos que os 3/4 previstos no regulamento. Com 12 vitórias em 16 corridas, a McLaren ganhou com facilidade o mundial de construtores. Apesar de largar na frente 9 vezes, Nelson Piquet ganhou apenas 1 corrida, terminando o campeonato em 5º lugar, atrás de Elio de Angelis e Michele Alboreto.

Em 1985, depois de ser vice-campeão nos dois anos anteriores, Alain Prost chegou ao seu primeiro título. Depois de vencer no Brasil, o francês voltou a vencer em Mônaco, após a desclassificação em San Marino, quando perdeu a vitória devido a irregularidades em seu carro. O principal adversário de Prost na temporada foi o italiano Michele Alboreto, que corria pela Ferrari. A disputa foi equilibrada até o Grande Prêmio da Áustria, quando o francês aproveitou-se dos problemas que Alboreto enfrentou nas últimas corridas do ano. Ayrton Senna e Nigel Mansell também tiveram atuações de destaque durante o ano. Ambos conseguiram vencer pela primeira vez. Senna conseguiu desbancar Elio de Angelis e tornou-se primeiro piloto da Lotus, enquanto o inglês evoluiu bastante nas últimas etapas, ganhando em Brands Hatch e na África do Sul.

Pela McLaren, Prost foi campeão 3 vezes

Com a aposentadoria de Niki Lauda, Keke Rosberg substituiu o austríaco na McLaren, deixando seu lugar na Williams para Nelson Piquet. O campeonato de 1986 foi um dos mais emocionantes da história da Fórmula 1, com Prost, Mansell e Piquet chegando a última etapa com chances de conquistar o título. Aproveitando-se da briga interna da equipe Williams, o francês chegou ao bicampeonato. Durante todo o ano, McLaren, Williams e Lotus, com Senna, disputaram a liderança do campeonato desde a primeira corrida. A Ligier teve um bom desempenho até o Grande Prêmio da Alemanha, e, sentindo a perda de Laffite, que teve que abandonar a categoria após o acidente na largada em Brands Hatch, quando fraturou as pernas, o time francês perdeu rendimento, perdendo para a Ferrari a 4ª colocação entre as equipes. Keke Rosberg e Gerhard Berger também tiveram atuações destacadas, com o austríaco surpreendendo todos no México, vencendo a corrida sem trocar os pneus. Foi a primeira vitória de Berger e da Benetton na Fórmula 1, adiando a decisão para a Austrália. Em uma corrida com três trocas de liderança na primeira volta, Prost parou cedo para trocar um pneu furado. A troca deixou o francês em boas condições, já que Mansell abandonou pelo mesmo problema. A equipe Williams, preocupada, chamou Piquet, deixando a liderança e a vitória para Prost, que chegou ao título. A nota triste da temporada ficou por conta da morte de Elio de Angelis nos treinos coletivos realizados em Paul Ricard, na França. Substituindo seu companheiro Riccardo Patrese, o italiano bateu forte e faleceu vítima de asfixia, devido ao atraso na segurança do circuito, que demorou mais de 30 minutos para atender Elio.

Em 1987, Prost começou bem a temporada, vencendo no Brasil e na Bélgica, mas a Williams, nas pistas de alta velocidade, tirou a liderança de Prost e Senna. Assim, Piquet e Mansell disputaram o título, vencido pelo brasileiro no Japão, após Mansell bater forte nos treinos de classificação. No mesmo ano, Prost superou o recorde de vitórias que pertencia a Jackie Stewart, com a vitória no Grande Prêmio de Portugal. Na Itália, a McLaren anunciou uma das parcerias mais vitoriosas vistas na categoria, os motores Honda e a contratação de Ayrton Senna, já entre os melhores do período.

O domínio da McLaren em 1988 foi grande. A escuderia inglesa somou mais pontos que todas as outras equipes juntas. Gerhard Berger foi o único piloto a tirar pole e vitória da dupla Senna-Prost. O austríaco largou na frente na Inglaterra e venceu na Itália, aproveitando-se do incidente de Senna com Jean-Louis Schlesser, homenageando o comendador Enzo Ferrari, que falecera semanas antes. Ayrton Senna somou 13 poles contra 2 de Prost. Já nas vitórias, o brasileiro somou 8 contra 7 do francês. Com o regulamento na mão, Ayrton Senna chegou ao primeiro título, ganhando no Japão, perdendo apenas 4 pontos no descarte de resultados, enquanto Prost descartou 3 segundos lugares, caindo para 87 pontos. O sistema de descarte de resultados durou até 1990, e na época, os pilotos só contavam com os 11 melhores resultados na pontuação final.

A temporada seguinte foi novamente dominada pelos carros da McLaren, mas Prost, mantendo uma regularidade durante o ano, chegou ao seu terceiro título após o polêmico Grande Prêmio do Japão, quando o francês jogou o carro em cima de Senna. O brasileiro não se deu por vencido e conseguiu superar a Benetton de Alessandro Nannini para chegar na frente. Mas Jean-Marie Balestre, presidente da Federação, desclassificou Senna por direção perigosa. Depois de 6 anos de McLaren, Prost transferiu-se para a Ferrari, devido ao desgaste nas relações com Senna, que teve um ano difícil, pontuando em apenas 7 ocasiões.

Mesmo na Ferrari, a disputa pelo título em 1990 foi novamente entre Senna e Prost. O substituto do francês na McLaren, foi o austríaco Gerhard Berger, que havia saído da equipe italiana. Assim, a Fórmula 1 teve um campeonato mais disputado, com a Williams e a Benetton mostrando força. Patrese em San Marino, e Boutsen na Hungria, deram as duas vitórias ao time comandado por Frank Williams. Depois de dois anos na Lotus, Piquet voltou a vencer pela Benetton, nas duas últimas corridas do ano. Mais uma vez, a decisão do campeonato foi no Japão. Ao contrário de 1989, Senna venceu logo na largada, quando acertou a traseira da Ferrari de Prost. Outro piloto com atuação de destaque foi o francês Jean Alesi, que somou seus 13 pontos nas quatro primeiras corridas do ano. Alesi protagonizou diversos duelos durante o ano. Em Phoenix, nos Estados Unidos, teve uma grande disputa com Ayrton Senna até a metade da corrida, quando o brasileiro conseguiu tomar a liderança e chegar na frente. Em San Marino, foi a vez de Nelson Piquet, e em Mônaco, seguiu Senna durante as últimas voltas, mas sem ameaçar a vitória do brasileiro.

Prost competiu pela Ferrari nos anos de 1990 e 1991

A Ferrari não conseguiu repetir a performance de 1990, e iniciou em 1991, um período de 3 anos sem vitórias na Fórmula 1. Depois de dois anos na equipe italiana, Nigel Mansell voltou para a equipe Williams, deixando seu lugar na Ferrari para Jean Alesi. A disputa pelo título ficou entre a McLaren de Senna contra a Williams de Mansell e Patrese, decidido no Japão em favor do brasileiro. Para Prost, foi um ano para ser esquecido. O piloto francês não ganhou nenhuma corrida ao longo do ano, feito acontecido apenas em 1980, quando estreou pela McLaren. Os melhores resultados de Prost no ano, foram os 2os lugares nos Estados Unidos, na França e na Espanha. Após vários desentendimentos com a direção da equipe, o francês foi demitido pela Ferrari e nem chegou a disputar a etapa de encerramento da temporada, na Austrália. O campeonato de 1991 marcou a estréia de dois futuros campeões, o alemão Michael Schumacher e o finlandês Mika Hakkinen, além da despedida de Nelson Piquet e da última vitória de Nelson Piquet na categoria.

Sem conseguir lugar em 1992, Prost assinou no fim do mesmo ano um contrato com a equipe Williams, com a condição de que o time inglês não contratasse Ayrton Senna, com quem correu em 1988 e 1989 na McLaren. Correndo ao lado de Damon Hill e com um carro superior ao dos concorrentes, Alain Prost não teve dificuldades para conseguir o quarto título na Fórmula 1, vencido no Grande Prêmio de Portugal, onde bastou um 2º lugar para dar o título ao francês. Damon Hill também teve boas atuações, mas não ameaçou a caminhada de Prost. Ayrton Senna e Michael Schumacher, mesmo com equipamento inferior ao conjunto Williams-Renault, deram bastante trabalho a escuderia inglesa. Mika Hakkinen, mesmo disputando apenas as três últimas corridas do ano, superou Senna e Schumacher nos treinos para o Grande Prêmio de Portugal, em sua estréia pela McLaren. A corrida na Austrália, encerramento do campeonato, marcou as despedidas de Prost e Patrese da Fórmula 1 e a última vitória de Senna.

Pela equipe Williams, Prost foi campeão em 1993

Depois de 5 anos na McLaren, Ayrton Senna deixou o time de Ron Dennis para substituir Prost na Williams. Mas o brasileiro teve vida curta na equipe comandada por Frank Williams. Mesmo somando três poles em três corridas, Senna não somou pontos nas etapas do Brasil e do Pacífico, e terminou de maneira trágica sua carreira na Fórmula 1, após o acidente em San Marino, num dos finais-de-semana mais trágicos na história da categoria.



A carreira de Alain Prost na Fórmula 1:
1980: McLaren Ford, 16º lugar com 5 pontos;
1981: Renault, 5º lugar com 43 pontos;
1982: Renault, 4º lugar com 34 pontos;
1983: Renault, 2º lugar com 57 pontos;
1984: McLaren TAG, 2º lugar com 71,5 pontos;
1985: McLaren TAG, campeão com 73 Pontos;
1986: McLaren TAG, campeão com 72 pontos;
1987: McLaren TAG, 4º lugar com 46 pontos;
1988: McLaren Honda, 2º lugar com 87 pontos;
1989: McLaren Honda, campeão com 76 pontos;
1990: Ferrari, 2º lugar com 71 pontos;
1991: Ferrari, 5º lugar com 34 pontos;
1993: Williams Renault, campeão com 99 pontos;

Balanço do campeonato

A última parte da reportagem é um balanço do campeonato, após o Grande Prêmio de Mônaco.

McLaren mostra sua força

Com a vitória nas ruas do principado, a equipe McLaren continua muito bem na disputa pelo título da temporada. Lewis Hamilton voltou a liderança do campeonato depois de vencer nas ruas do principado. Seu companheiro de equipe, Heikki Kovalainen, que foi mal nas últimas corridas, parte em busca da recuperação em Montreal, onde será disputado o Grande Prêmio do Canadá na próxima semana. O piloto finlandês, que teve problemas nas últimas três corridas, espera um melhor resultado na pista onde marcou seus primeiros pontos na Fórmula 1 no ano passado.

Líder entre as equipes, a Ferrari tenta recuperar a liderança no mundial de pilotos

Depois de perder a liderança no mundial de pilotos para o inglês Lewis Hamilton, os pilotos da Ferrari irão ao Canadá para buscar a vitória e retomar a liderança também entre os competidores. Com os problemas enfrentados por Kovalainen nas últimas corridas, a McLaren não conseguiu aproximar-se da escuderia italiana no campeonato de construtores.

Entre as outras equipes, a BMW é a mais cotada

O bom rendimento do polonês Robert Kubica, até agora 4º colocado entre os pilotos, tem animado a equipe BMW. Pontuando constantemente ao longo do ano, o time bávaro busca sua primeira vitória na categoria. A Renault, mesmo com a melhora apresentada nos testes, ainda não obteve os resultados esperados. Fernando Alonso teve problemas na Espanha e em Mônaco, e foi 6º colocado na Turquia, enquanto Nelson Ângelo Piquet segue com seu lugar ameaçado na equipe francesa, em razão de seus maus desempenhos. A Red Bull é outra que vem mostrando resultados satisfatórios com Mark Webber, mas David Coulthard ainda não conseguiu somar pontos, e é outro piloto cotado para ser substituído. A Williams não vem mantendo um rendimento constante, porém continua na 4ª colocação entre as equipes.

Após o bom desempenho em Monte Carlo, Force India parte para o Canadá

Destaque na última corrida, após ser abalroado por Kimi Raikkonen, quando era 4º colocado, Adrian Sutil dificilmente vai repetir a performance apresentada em Mônaco. O carro da Force India é muito limitado e não oferece boas condições de competitividade aos seus pilotos.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Piloto da Semana: Elio de Angelis

Fontes:
GPTotal
4mula1
Formula One - Website Official

Elio de Angelis ficou conhecido no mundo da Fórmula 1 como um dos últimos pilotos “cavalheiros”, pela sua regularidade, e pela direção limpa, mais preocupado em terminar as corridas ao arriscar pelas vitórias.

A carreira de Elio de Angelis na Fórmula 1 teve início em 1979 pela equipe Shadow. Elio era visto na categoria como um menino rico. Mesmo com um carro limitado, terminou a última corrida do ano em 4º lugar, no circuito de Watkins Glen.

Transferido para a equipe Lotus, Elio de Angelis disputou a temporada de 1980 ao lado de Mario Andretti, campeão em 1978. Logo na segunda corrida, no Brasil, de Angelis conseguiu terminar a corrida em 2º lugar, a última corrida de Fórmula 1 disputada no antigo traçado de Interlagos. Com uma campanha regular, superou Andretti, que conseguiu apenas 1 ponto, com a 6ª colocação em Watkins Glen, última etapa do ano.

De volta às tradicionais cores preta e dourada, que deram lugar ao azul da Essex em 1980, a equipe Lotus trouxe o inglês Nigel Mansell para o lugar de Mario Andretti. Enquanto Mansell cometia vários erros, devido também ao estilo de pilotagem arrojada, rendendo ao inglês o apelido de leão. O melhor resultado de Elio em 1981 foi o 4º lugar no Grande Prêmio da Itália.

Na temporada seguinte, em 1982, uma das mais disputadas da história da categoria, 11 pilotos em 7 equipes diferentes ganharam corridas. No Grande Prêmio da Áustria, Elio de Angelis conseguiu sua primeira vitória na categoria ao segurar a pressão do finlandês Keke Rosberg nas voltas finais, cruzando a linha de chagada apenas meio carro a frente. Foi também a última vitória da Lotus sob o comando de Colin Chapman, que faleceu no fim do mesmo ano por causas misteriosas. No campeonato, de Angelis terminou a disputa em 9º lugar com 23 pontos.

O ano de 1983, para Elio de Angelis, foi uma temporada de desenvolvimento. A Lotus resolveu trocar os motores Ford aspirados, pelos turbos da Renault. Elio disputou apenas o Grande Prêmio da França com os propulsores da Ford. Apesar de diversos problemas com os novos motores Renault, de Angelis ainda conseguiu somar dois pontos no campeonato, com a 5ª posição no Grande Prêmio da Itália, e fez em Brands Hatch, a primeira pole position na carreira.

Após um ano de desenvolvimento em 1983, Elio de Angelis conseguiu em 1984 sua melhor colocação no mundial de pilotos, superado apenas pela dupla da McLaren, Niki Lauda e Alain Prost. Pontuando regularmente ao longo da temporada, de Angelis superou seu companheiro de equipe Nigel Mansell pela terceira vez nas quatro temporadas que correram juntos. Apesar da regularidade, o melhor resultado de Elio foi a 2ª colocação em Detroit, nos Estados Unidos. Nos contrutores, a equipe Lotus conseguia sua melhor colocação desde o título de 1978, terminando a disputa em 3º lugar, superada apenas por McLaren e Ferrari.

Em 1985, Elio de Angelis ganhou um novo companheiro de equipe, o brasileiro e promissor Ayrton Senna. Nigel Mansell foi para a Williams, no lugar de Jacques Laffite, que retornou à equipe Ligier. Mantendo a mesma regularidade do ano anterior, de Angelis saiu de Mônaco, 4ª etapa do campeonato, na liderança, com 20 pontos, contra 9 de Senna, que era o 5º colocado. Elio ainda herdou a vitória no Grande Prêmio de San Marino, quando Alain Prost, o vencedor, foi desclassificado por estar com seu McLaren 2 quilos abaixo do peso mínimo permitido. Ao chegar nos testes em Paul Ricard, no intervalo entre as etapas de Mônaco e do Canadá, Elio percebeu que Senna havia conquistado a condição de primeiro piloto. Enquanto o brasileiro treinou, de Angelis deu apenas três voltas, sentindo-se tratado como um piloto estreante. Os resultados de Elio também sucumbiram, e o italiano somou apenas 13 pontos nas outras 12 corridas, enquanto Ayrton Senna conquistou uma vitória na Bélgica e passou de Angelis na pontuação. O ponto mais crítico entre os dois aconteceu na África do Sul, em Kyalami, quando Senna tentou ultrapassar o italiano, que levou uma fechada do brasileiro. Ambos abandonaram a corrida, e nos boxes, quase chegaram às vias de fato, quando Elio, irritado com os acontecimentos na equipe e com a manobra de Senna, quase acertou um soco no companheiro.

Sem aceitar a condição de segundo piloto na Lotus, Elio de Angelis foi para a equipe Brabham, substituindo Nelson Piquet, que foi para a Williams. Ao lado de seu compatriota Riccardo Patrese, tentaram desenvolver o novo carro da equipe, que tinha um rendimento instável. Foi a pior e mais curta temporada de Elio, que disputou apenas quatro corridas. Em Mônaco, seu último Grande Prêmio disputado, largou na última colocação e não terminou a prova. Para os testes coletivos em Paul Ricard, a Brabham tinha convocado Patrese para realizar os treinos, mas de Angelis, que era contrário aos treinos coletivos, pediu para treinar no lugar de seu companheiro, buscando entender mais sobre o carro, que ficou conhecido como skateboard, por ser um dos mais baixos do mundo. Ao passar por uma das retas, a asa traseira da Brabham soltou-se, lançando o bólido contra o guard-rail a mais de 250 quilômetros por hora. Com a demora do atendimento médico, Alan Jones, Alain Prost e Nigel Mansell tentaram socorrer o italiano, que apesar de sofrer pequenas lesões pela batida, faleceu no dia seguinte devido às lesões no cérebro, provocadas pelo incêndio no carro.

O acidente de Elio de Angelis, contribuiu e muito para as melhorias nos procidimentos de primeiros socorros e segurança na Fórmula 1. Depois do piloto italiano, apenas dois pilotos faleceram em acidentes fatais na categoria. Roland Ratzemberger e Ayrton Senna, ex-companheiro de Elio na Lotus, faleceram no Grande Prêmio de San Marino em 1994. os acidentes fatais serviram para que medidas de segurança, tanto para atendimento e as novas configurações nos carros evitar novos problemas. Depois de Senna, nenhum piloto perdeu a vida na Fórmula 1, mostrando que as novas medidas de segurança têm sido eficientes nas pistas.


Elio de Angelis, Brands Hatch, 1984
Foto tirada no Flickr por: antsphoto

A carreira de Elio de Angelis na Fórmula 1:

1979: Shadow Ford, 15º lugar com 3 pontos;
1980: Lotus Ford, 7º lugar com 13 pontos;
1981: Lotus Ford, 8º lugar com 14 pontos;
1982: Lotus Ford, 9º lugar com 23 pontos;
1983: Lotus Ford e Lotus Renault, 17º lugar com 2 pontos;
1984: Lotus Renault, 3º lugar com 34 pontos;
1985: Lotus Renault, 5º lugar com 33 pontos;
1986: Brabham BMW, nenhum ponto;

domingo, 25 de maio de 2008

Lewis Hamilton vence o Grande Prêmio de Mônaco

A quarta parte dessa reportagem é sobre a corrida realizada neste domingo, vencida pelo inglês Lewis Hamilton, da McLaren.



Com a vitória em Mônaco, Lewis Hamilton assumiu a liderança no campeonato
Foto tirada no Flickr por: mmarote

Disputada sob chuva no início, foi a corrida mais emocionantes da temporada. Kimi Raikkonen teve que passar pelos boxes por trocar os pneus depois do tempo permitido, caindo para a 4ª colocação, e ainda bateu e quebrou a asa dianteira, voltando para os boxes, voltando atrás de Adrian Sutil, da Force India. Fernando Alonso também teve diversos problemas, parando duas vezes por erros, a primeira, um pneu fura depois de tocar no guard rail, e na segunda, após ter a asa dianteira danificada em um toque com a BMW de Nick Heidfeld. Na frente, Robert Kubica seguia de perto Felipe Massa, quando o brasileiro escapou na primeira curva e perdeu a liderança para o polonês. Lewis Hamilton também teve que trocar um pneu furado após tocar no muro, mas adotou a estratégia que lhe garantiu a primeira vitória em Mônaco.

Adrian Sutil quase levou o limitado Force India aos pontos

O grande destaque da prova foi o alemão Adrian Sutil, que seguia firme, sem cometer erros, enquanto seus concorrentes envolviam-se em incidentes e batidas, parando nos boxes para trocar bicos e pneus furados. O piloto da Force India foi avançando até chegar à 4ª colocação. Mas sua corrida foi por terra quando Kimi Raikkonen perdeu o ponto de freada nas últimas voltas e acertou o carro de Sutil na saída do túnel. O finlandês ainda voltou para fazer a melhor volta e terminar a disputa na 9ª posição.

Outros pilotos que se destacaram foi o australiano Mark Webber, da Red Bull, que esteve competitivo durante toda a corrida, e, aproveitando-se do incidente de Raikkonen e Sutil, terminou em 4º lugar, enquanto seu companheiro de equipe, o escocês David Coulthard segue sem pontos na temporada, após bater com Sebastien Bourdais e abandonar a prova. Sebastian Vettel, da Toro Rosso, e Rubens Barrichello, da Honda, também aproveitaram-se dos incidentes e terminaram a disputa em 5º e em 6º, respectivamente. Ambos conseguiram seus primeiros pontos na temporada. Completando os pontos, Kazuki Nakajima, da Williams, foi o 7º, e Heikki Kovalainen, da McLaren, terminou a disputa na 8ª colocação, voltando aos pontos depois de 3 etapas.

Na disputa pela vitória, Felipe Massa foi o primeiro a fazer a para de rotina, voltando em 3º lugar. Robert Kubica ficou na pista o tempo suficiente para voltar a frente do brasileiro, enquanto Lewis Hamilton abria uma distância suficiente para manter a liderança quando parasse para trocar pneus. Assim, mesmo com a intervenção do safety car, que entrou na pista após a batida de Nico Rosberg na curva da piscina, Hamilton venceu a corrida dentro das duas horas, tempo máximo previsto.

Lewis Hamilton assume liderança no campeonato

Com a vitória, Lewis Hamilton assumiu a liderança do campeonato, com 38 pontos, contra 35 de Raikkonen, 34 de Massa e 32 de Kubica, da BMW.

Resultado Final:

Corrida:
1. Lewis Hamilton (McLaren Mercedes)
2. Roberto Kubica (BMW)
3. Felipe Massa (Ferrari)
4. Mark Webber (Red Bull Renault)
5. Sebastian Vettel (Toro Rosso Ferrari)
6. Rubens Barrichello (Honda)
7. Kazuki Nakajima (Williams Toyota)
8. Heikki Kovalainen (McLaren Mercedes)

Melhor Volta: Kimi Raikkonen (Ferrari)

Classificação:

Mundial de Pilotos:
1. Lewis Hamilton, 38 pontos
2. Kimi Raikkonen, 35 pontos
3. Felipe Massa, 34 pontos
4. Robert Kubica, 32 pontos
5. Nick Heidfeld, 20 pontos
6. Heikki Kovalainen, 15 pontos
7. Mark Webber, 15 pontos
8. Jarno Trulli, 9 pontos
9. Fernando Alonso, 9 pontos
10. Nico Rosberg, 8 pontos
11. Kazuki Nakajima, 7 pontos
12. Sebastian Vettel, 4 pontos
13. Jenson Button, 3 pontos
14. Rubens Barrichello, 3 pontos
15. Sebastien Bourdais, 2 pontos

Mundial de Contrutores:
1. Ferrari, 69 pontos
2. McLaren Mercedes, 53 pontos
3. BMW, 52 pontos
4. Williams Toyota, 15 pontos
5. Red Bull Renault, 15 pontos
6. Toyota, 9 pontos
7. Renault, 9 pontos
8. Toro Rosso Ferrari, 6 pontos
9. Honda, 6 pontos

sábado, 24 de maio de 2008

Felipe Massa conquista a pole no GP de Mônaco

A terceira parte da reportagem vai falar sobre os treinos para o Grande Prêmio de Mônaco deste ano.

Felipe Massa superou Kimi Raikkonen e vai largar na frente
Foto tirada no Flick por: Ignacio Machado

Felipe Massa, com o tempo de 1:15.787, conseguiu superar seu companheiro de equipe, o finlandês Kimi Raikkonen, por 28 milésimos de segundo e garantiu sua 4ª pole position na temporada. Na segunda fila, irão largar os pilotos da McLaren, Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen. Na terceira fila, largarão os pilotos Robert Kubica, da BMW, e o alemão Nico Rosberg, da Williams. Fernando Alonso terminou em 7º lugar, e ao seu lado na quarta fila, vai largar o italiano Jarno Trulli, da Toyota. Os dois pilotos da Red Bull irão largar na quinta fila, Mark Webber vai largar na 9ª colocação, e David Coulthard, que bateu na segunda parte dos treinos, apesar de não ter participado da última parte, ficou com o 10º tempo.

Rubens Barrichello e Nelson Ângelo Piquet irão largar nas últimas posições

Mesmo avançando para a 2ª parte dos treinos, Rubens Barrichello vai sair na 8ª fila, na 15ª colocação. Nelson Ângelo Piquet ficou ainda na 1ª parte, e vai largar em 17ª lugar.

Com a pole, Felipe Massa é o 4º brasileiro a largar na frente em Mônaco

Felipe Massa é o 4º piloto brasileiro a conquistar uma pole position nas ruas de Monte Carlo. Emerson Fittipaldi, em 1973, Nelson Piquet, em 1981, e Ayrton Senna, em 1985, 1988, 1989, 1990 e 1991, são os outros brasileiros que largaram na pole em Mônaco.

Grid de largada:

1. Felipe Massa (Ferrari)
2. Kimi Raikkonen (Ferrari)
3. Lewis Hamilton (McLaren Mercedes)
4. Heikki Kovalainen (McLaren Mercedes)
5. Robert Kubica (BMW)
6. Nico Rosberg (Williams Toyota)
7. Fernando Alonso (Renault)
8. Jarno Trulli (Toyota)
9. Mark Webber (Red Bull Renault)
10. David Coulthard (Red Bull Renault)
11. Timo Glock (Toyota)
12. Jenson Button (Honda)
13. Nick Heidfeld (BMW)
14. Kazuki Nakajima (Williams Toyota)
15. Rubens Barrichello (Honda)
16. Sebastien Bourdais (Toro Rosso Ferrari)
17. Nelson Angelo Piquet (Renault)
18. Sebastian Vettel (Toro Rosso Ferrari)
19. Adrian Sutil (Force India)
20. Giancarlo Fisichella (Force India)

Brasileiros em Mônaco

A segunda parte da série de reportagens continua com a apresentação de um retrospecto dos pilotos no circuito de Mônaco.

Dos pilotos brasileiros que já disputaram corridas em Mônaco, apenas Ayrton Senna conseguiu vencer. Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Roberto Moreno, Rubens Barrichello, Cristiano da Matta e Felipe Massa conseguiram chegar aos pontos.

Ayrton Senna é o maior vencedor nas ruas de Mônaco

Disputada desde 1950, a corrida de Mônaco é a mais charmosa do calendário da Fórmula 1, devido a presença de pessoas famosas e pelo local. Com exceção de Senna, os brasileiros nunca tiveram grandes desempenhos nas corridas disputadas no principado. Com 6 vitórias em Monte Carlo, Senna é o recordista de vitórias no circuito, e conhecido como o "Rei de Mônaco" e "Mister Mônaco". Apenas em 2 ocasiões o brasileiro não conseguiu terminar a corrida, em 1985, quando teve problemas no motor e abandonou logo no início e em 1988, quando liderava com folga, e bateu na curva que antecede o túnel. Em 1987, ganhou a bordo da Lotus Honda, e nas outras 5 vitórias, de 1989 a 1993, venceu pela McLaren.

Três brasileiros já conseguiram terminar a corrida em 2º lugar. Emerson Fittipaldi, em 1973 e 1975, Nelson Piquet, em 1983 e 1987, e Rubens Barrichello, em 1997, pela Stewart, e em 2000 e 2001, ambas pela Ferrari.

Já Felipe Massa, teve seu melhor desempenho no ano passado, quando foi 3º colocado. Roberto Moreno, pela Benetton, foi 4º colocado em 1991. Christian Fittipaldi, com a Minardi, foi 5º lugar em 1993, e, Cristiano da Matta, terminou na 6ª posição em 2004, quando corria pela Toyota.

Piloto

Melhor Resultado

Ano(s)

Emerson Fittipaldi

2º lugar

1973 e 1975

Nelson Piquet

2º lugar

1983 e 1987

Ayrton Senna

1º lugar

1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993

Roberto Moreno

4º lugar

1991

Christian Fittipaldi

5º lugar

1993

Rubens Barrichello

2º lugar

1997, 2000 e 2001

Cristiano da Matta

6º lugar

2004

Felipe Massa

3º lugar

2007



Em 1992, Senna teve que segurar a pressão de Mansell nas voltas finais para vencer a corrida
Foto tirada no Flickr por: motorshots.com

O vídeo escolhido foi o das voltas finais do Grande Prêmio de 1992, quando Nigel Mansell teve que ir aos boxes para trocar um pneu furado e seguiu Ayrton Senna nas voltas finais, que conseguiu segurar o ímpeto do inglês e garantiu sua 5ª vitória nas ruas do principado.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Entrevista com Daniel Dias

A série de reportagens que fiz sobre o Grande Prêmio de Mônaco é a entrevista que fiz com o colunista do Jornal Zero Hora, Daniel Dias.

Daniel Dias escreve para o blog O Mundo da Fórmula 1, para o mesmo jornal.

Diego Passos: Qual o significado do Grande Prêmio de Mônaco para a Fórmula 1?

Daniel Dias: Tradição e charme. E perfeito para os patrocinadores. Nenhum GP tem mais visibilidade do que a corrida do Principado. Apesar de a tecnologia da F-1 não ter nada a ver com as estreitas ruas de Monte Carlo, a corrida é sempre a mais aguardada do calendário. Mas ela é terrível para os pilotos, que têm de arriscar todo o tempo, além do cansaço.

Diego Passos: Pista com baixa média de velocidade, a menor da categoria, representa também um desafio para os pilotos. Você acredita que o talento do competidor ainda prevalece nesta pista?

Daniel Dias: O talento do piloto prevalece mais em Monte Carlo do que em qualquer outra pista.

Diego Passos: Sem o controle de tração e os dispositivos de largada, você acredita que a prova será mais emocionante, tendo em vista também a possibilidade de chuva?

Daniel Dias: Bem, se chover, acho que não termina ninguém. Sem o controle de tração, com óleo na pista e chuva, não queria estar no lugar deles.

Diego Passos: Nos Grandes Prêmios de Mônaco, quais os pilotos que mais chamaram sua atenção neste circuito?

Daniel Dias: Dos que eu vi, Ayrton Senna, sem dúvidas, mas o Michael Schumacher e o Alain Prost iam muito bem também. Engraçado é que, com exceção do Senna, os outros brasileiros nunca se deram bem nesta pista. Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Rubens Barrichello e agora Felipe Massa nunca casaram bem com Monte Carlo.

Diego Passos: Em sua opinião, qual foi a corrida mais emocionante disputada nas ruas do principado? E a mais polêmica?

Daniel Dias: As mais emocionantes foram a de 1973, com o Emerson descontando a diferença para o Jackie Stewart no final, e aquelas alucinantes voltas finais do GP de 1992, depois que o Nigel Mansell parou para trocar um pneu e partiu como um louco para cima do Senna, que conseguiu segurar a primeira posição no braço. A mais polêmica foi a de 1984, quando roubaram a vitória do Senna, que passou o Prost mas a direção da prova decidira terminá-la antes por causa da chuva. E o Senna tinha uma Toleman contra a poderosa McLaren do Prost.

Diego Passos: As duas equipes que mais se destacam quando se fala em Mônaco, são a Ferrari e a McLaren? Tem alguma outra equipe que merece destaque?

Daniel Dias: A Williams também teve boas provas no Principado. Mas as duas principais são Ferrari e McLaren realmente.

Diego Passos: Dos pilotos que correram em Mônaco, quais você destaca?

Daniel Dias: Dos que eu vi correr, Ayrton Senna, Michael Schumacher, Alain Prost e Jackie Stewart.

Diego Passos: Para o Grande Prêmio deste ano, quem você aponta como favorito para vencer a corrida?

Daniel Dias: Lewis Hamilton. Nesta prova, a superioridade da Ferrari não vai contar, e o guri se dá muito bem nas estreitas ruas de Monte Carlo.

Diego Passos: E quais suas expectativas sobre os pilotos brasileiros neste fim de semana? Qual deles pode surpreender?

Daniel Dias: O único que pode conseguir alguma coisa é o Felipe Massa, porque tem uma Ferrari. O Rubinho vai se arrastar e o Nelsinho Piquet tem uma batata quente pela frente. Está obrigado a mostrar serviço, e erro em Mônaco é o mais fácil de acontecer.

Programação do GP de Mônaco

O Grande Prêmio de Mônaco recebe a sexta etapa do mundial de Fórmula 1 no próximo domingo.

Veja o mapa de Mônaco em satélite:

Exibir mapa ampliado

Confira a programação do Grande Prêmio de Mônaco

Quinta-feira (22)
05h00 - 1º Treino Livre
09h00 - 2º Treino Livre

Sábado (24)
06h00 - 3º Treino Livre
09h00 - Classificação

Domingo (25)
09h00 - Corrida

Piloto da Semana: Emerson Fittipaldi

Fonte: GP Total

Emerson Fittipaldi foi o primeiro piloto a trazer para o Brasil um título mundial da Fórmula 1. Conhecido por Emmo, foi campeão nos anos de 1972 e 1974, em uma época marcada por diversas disputas, insegurança na pista e carros mais difíceis de controlar, o brasileiro destacou-se logo no seu ano de estréia na categoria.

A estréia de Emerson na Fórmula 1 aconteceu no Grande Prêmio da Inglaterra de 1970, a bordo da Lotus, equipe que defendeu até 1973. Oitavo colocado na primeira corrida, somou seus primeiros pontos na categoria ao terminar em 4º lugar na Alemanha. Após o acidente que tirou a vida do austríaco Jochen Rindt, Emerson assumiu a posição de primeiro piloto na escuderia comandada na época por Colin Chapman, famoso por desenhar carros revolucionários. Foi também na temporada de estréia que o brasileiro venceu a primeira corrida, na etapa de encerramento, nos Estados Unidos, garantindo o título póstumo a Rindt.

Em 1971, a Lotus não apresentou os mesmos rendimentos do ano anterior, e Emerson conseguiu como melhor resultado um 2º lugar no Grande Prêmio da Áustria. O campeão da temporada foi o britânico Jackie Stewart, da Tyrrell, um dos melhores pilotos da época.

O ano de 1972 foi a melhor temporada de Emerson na Fórmula 1. Com 5 vitórias, 3 poles e 61 pontos, garantiu o seu primeiro título na categoria, tornando-se o primeiro piloto brasileiro a sagrar-se campeão. O campeonato foi bem mais disputado que no ano anterior. Além da Lotus, a Tyrrell, com Jackie Stewart e François Cevert, a McLaren, com Denny Hulme e Peter Revson, e a Ferrari, com Jacky Ickx, Clay Regazzonni e Mario Andretti, disputaram o título. A vitória no Grande Prêmio da Itália deu a Emerson o título com duas corridas de antecipação. O vice-campeonato ficou com Jackie Stewart, que venceu as duas últimas corridas.

Emerson Fittipaldi ganhou a companhia do sueco Ronnie Peterson na Lotus em 1973. A temporada começou com duas vitórias do campeão, na Argentina e no Brasil. A partir da terceira etapa, Jackie Stewart consegue descontar a diferença das duas primeiras corridas e faltando três etapas, tinha 24 pontos de vantagem sobre Emerson. No Grande Prêmio da Itália, os dois Lotus dominaram a corrida, com Peterson na frente. Colin Chapman prometeu avisar seus pilotos para trocarem de posição durante a prova, mas esse aviso não veio e ambos mantiveram suas posições. A partir desta corrida, Emerson decidiu deixar a Lotus. Em sua temporada de despedida na Fórmula 1, Jackie Stewart sagrou-se campeão pela terceira vez. Outra baixa na categoria foi a morte do promissor francês François Cevert, que perdeu a vida nos treinos para o Grande Prêmio dos Estados Unidos.

Foto tirada no Flickr por: glennolives

De equipe nova, Emerson começou mal a temporada de 1974, na Argentina, quando sem querer, desligou seu carro e abandonou a corrida. No Brasil, nova vitória, dando confiança ao torcedor brasileiro. Com mais duas vitórias ao longo do ano, Emerson chegou a última etapa, disputando contra o suíço Clay Regazzoni, da Ferrari, e Jody Scheckter, da Tyrrell, o título da temporada. Com os abandonos de Regazzoni e Scheckter, Emerson conquistou o título com o 4º lugar.

Em 1975, Emerson Fittipaldi terminou o ano com o vice campeonato, perdendo o título para o austríaco Niki Lauda, da Ferrari. As vitórias na Argentina e na Inglaterra foram as duas últimas de Emerson na Fórmula 1, que depois de dois anos na McLaren, foi para a equipe Copersucar, comandada pelo seu irmão Wilson Fittipaldi Junior, pai de Christian Fittipaldi.

Foto tirada no Flickr por: antsphoto

No ano de 1977, a equipe Copersucar passou a chamar-se Fittipaldi e ganhou as cores amarela em seus bólidos. Emerson começou bem a temporada, mas não conseguiu repetir os resultados ao longo do ano. O título da temporada ficou com o austríaco Niki Lauda, que ganhou com duas corridas de antecipação, mesmo sendo demitido da Ferrari, dando lugar ao canadense Gilles Villeneuve.

A temporada de 1978 foi a melhor para a equipe Fittipaldi na Fórmula 1. No Grande Prêmio do Brasil, o primeiro disputado no circuito de Jacarepaguá, Emerson conseguiu o melhor resultado para sua equipe, terminando a corrida em 2º lugar. O campeonato marcou também o último título para a Lotus na categoria, com o norte-americano Mario Andretti, e a trágica morte de Ronnie Peterson, na largada do Grande Prêmio da Itália, quando o piloto sueco envolveu-se em um incidente com James Hunt e Riccardo Patrese, batendo no guard-rail e explodindo o tanque de combustível de seu carro. Apesar da ajuda de diversos pilotos, Peterson morreu no dia seguinte em conseqüência das graves queimaduras.

Foto tirada no Flickr por: Photomechanica

Depois de um bom desempenho em 1978, a equipe Fittipaldi teve seu pior desempenho em 1979. A equipe conseguiu apenas um 6º lugar com Emerson no Grande Prêmio da Argentina, etapa de abertura. A temporada foi dominada pelos pilotos da Ferrari, vencido pelo sul-africano Jody Scheckter, com Gilles Villeneuve terminando com o vice campeonato.

A chegada do futuro campeão Keke Rosberg à equipe Fittipaldi em 1980 deu novo gás a equipe brasileira. Com dois pódios, um com o finlandês Rosberg na Argentina, etapa de abertura, e com Emerson nos Estados Unidos, em Long Beach, foram os últimos pódios da equipe de Wilson Fittipaldi na categoria. Com o 6º lugar no Grande Prêmio de Mônaco, Emerson somou seus últimos pontos na Fórmula 1, terminando o ano com 5 pontos, e despedindo-se no final do ano. O título da temporada ficou com o australiano Alan Jones, que superou o brasileiro Nelson Piquet nas últimas corridas. Outro destaque foi a estréia de Alain Prost na categoria, pela equipe McLaren.

A carreira de Emerson Fittipaldi na Fórmula 1:
1970: Lotus Ford, 10º lugar com 12 pontos;
1971: Lotus Ford, 6º lugar com 16 pontos;
1972: Lotus Ford, campeão com 61 pontos;
1973: Lotus Ford, vice-campeão com 55 pontos;
1974: McLaren Ford, campeão com 55 pontos;
1975: McLaren Ford, vice-campeão com 45 pontos;
1976: Copersucar Ford, 16º lugar com 3 pontos;
1977: Fittipaldi Ford, 12º lugar com 11 pontos;
1978: Fittipaldi Ford, 9º lugar com 17 pontos;
1979: Fittipaldi Ford, 21º lugar com 1 ponto;
1980: Fittipaldi Ford, 15º lugar com 5 pontos;

terça-feira, 20 de maio de 2008

Reportagem Especial: Grande Prêmio de Mônaco

Nesta semana, iniciarei uma série de 5 reportagens sobre o Grande Prêmio de Mônaco, que será realizado no próximo domingo. Será feito um balanço da temporada, uma entrevista com o jornalista Daniel Dias, que trabalha no Jornal Zero Hora, no Rio Grande do Sul. Apresentarei um histórico falando sobre o desempenho dos pilotos brasileiros nas ruas do principado. Os treinos e a prova também terão maior abordagem, onde falarei com mais detalhes as coberturas para a definição do grid de largada e da corrida, comentando com mais detalhes o desempenho dos competidores e das equipes.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Piloto da Semana: Nelson Piquet

Nelson Piquet estreou na Fórmula 1 em 1978, no Grande Prêmio da Alemanha, pela equipe Ensign. Na etapa seguinte, na Áustria, Piquet correu pela McLaren, onde ficou até a penúltima etapa. Em Montreal, no Canadá, foi para a Brabham, equipe que ficou até o final de 1985, conquistando dois títulos mundiais, em 1981 e 1983. Naquele tempo, as equipes corriam com dois pilotos titulares e ofereciam versões anteriores de seus bólidos aos pilotos que pagavam por um lugar no cockpit.

Em 1979, com a transferência de John Watson para a McLaren, Piquet assumiu o posto de titular na equipe Brabham, ao lado do austríaco Niki Lauda. A temporada não foi das melhores, o time de Bernie Ecclestone somou apenas 7 pontos, 4 com Lauda e 3 com Piquet. Nas últimas etapas do ano, a Brabham trocou os motores Alfa Romeo pelos propulsores da Ford.

A temporada de 1980 trouxe as primeiras vitórias para Nelson Piquet na Fórmula 1. Foi nos Estados Unidos, na prova disputada em Long Beach, o brasileiro venceu a corrida que contou ainda com a presença de Emerson Fittipaldi no pódio, com o terceiro lugar. Piquet disputou o título até a última etapa, mas o australiano Alan Jones, piloto da Williams, venceu as duas últimas corridas no ano, e abriu uma boa vantagem sobre Piquet, que teve problemas de motor no Canadá, quando liderava e abandonou em Watkins Glen, última etapa.

O campeonato de 1981 começou com total favoritismo para a equipe Williams, pilotadas por Alan Jones e Carlos Reutemann. Nos Estados Unidos, em Long Beach, Piquet foi o terceiro colocado, atrás dos favoritos. No Brasil, Reutemann desobedeceu as ordens de sua equipe, criando um clima muito ruim para o restante do ano. Na Argentina e em San Marino, Piquet conseguiu duas vitórias, entrando na briga pelo título. Depois de 3 corridas sem chegar aos pontos, o brasileiro foi 3º colocado no Grande Prêmio da França, corrida que marcou a primeira vitória de Alain Prost na Fórmula 1. Nelson Piquet iniciou sua arrancada para o título a partir do Grande Prêmio da Alemanha, pontuando em todas as etapas seguintes, superando o argentino Carlos Reutemann por apenas 1 ponto, com a 5ª colocação na última corrida do ano, em Las Vegas. O campeonato foi um dos mais emocionantes, com 5 pilotos em 4 equipes diferentes lutando pelo título. A diferença do campeão, Nelson Piquet, para o 5º colocado, Alain Prost, foi de apenas 7 pontos.


Foto tirada no Flickr por: antsphoto

Em 1982, tudo indicava que a Ferrari, com um carro competitivo e os novos motores turbo, ganhariam com facilidade, mas o acidente fatal de Gilles Villeneuve na Bélgica e a batida de Didier Pironi na Alemanha, deixaram a disputa em aberto. Pironi nunca mais voltou a categoria e morreu em 1987 durante uma corrida de lanchas. O ano foi de adaptação para a Brabham e Nelson Piquet, que durante a temporada trocaram os motores da Ford pelos turbo da BMW. Piquet venceu apenas o Grande Prêmio do Canadá, marcado pelo trágico acidente do italiano Riccardo Palletti, que bateu na Ferrari de Pironi e pegou fogo, com o piloto preso no carro, morrendo carbonizado. Na Alemanha, Piquet liderava quando foi abalroado pelo chileno Eliseo Salasar. O lance foi um dos mais marcantes na carreira do brasileiro, que saiu do carro e deu um soco e dois chutes em Salasar. O título da temporada ficou com o finlandês Keke Rosberg, da Williams, com 44 pontos, superando Didier Pironi, da Ferrari e John Watson, da McLaren, que terminaram com 39 pontos. O campeonato foi ainda mais disputado que o do ano anterior, com 11 pilotos em 7 equipes diferentes chegando ao lugar mais alto do pódio.

Na primeira temporada completa com os motores turbo da BMW em 1983, Nelson Piquet faturou seu segundo título, após grande disputa contra a Renault de Alain Prost e as Ferraris de Patrick Tambay e René Arnoux. Na etapa de abertura, Piquet não decepcionou a torcida brasileira e venceu no Rio de Janeiro. Nos Estados Unidos, em Long Beach, as duas McLarens, com John Watson e Niki Lauda, conseguiram uma grande dobradinha depois de largarem em 22º e 23º, respectivamente. Porém, foi a única corrida em que a escuderia inglesa teve destaque, já que trocou os motores durante a temporada, deixando a Ford e passando a utilizar os turbos da Porsche, rebatizados de TAG. Após o Grande Prêmio da Holanda, quando Piquet e Prost, disputando a liderança bateram, o brasileiro ficou em situação difícil, já que teria que tirar uma vantagem maior que 10 pontos para Prost e ainda superar Arnoux. Mas com duas vitórias, em Monza e Brands Hatch, Piquet ficou a apenas dois pontos do piloto da Renault para a disputa da última etapa, que foi disputada em Kyalami, na África do Sul. Com a ajuda de seu companheiro, o italiano Riccardo Patrese, que segurou Prost, Piquet abriu uma boa vantagem sobre o francês, que desistiu com problemas de motor. Patrese venceu a corrida, e Piquet, com a 3ª colocação, abriu dois pontos sobre Prost e levou o título.

A temporada de 1984 foi amplamente dominada pela McLaren, impulsionada pelos motores TAG Porsche. Nelson Piquet, com 9 pole positions e 2 vitórias, em Detroit e Montreal, terminou o campeonato em 5º lugar, superado também por Elio de Angelis, da Lotus e Michele Alboreto da Ferrari. Niki Lauda sagrou-se campeão por apenas meio ponto de vantagem sobre Alain Prost. Outro fato marcante foi a estréia de Ayrton Senna pela equipe Toleman. Senna tornou-se um dos maiores rivais e desafetos de Piquet na categoria.

Nelson Piquet disputou em 1985 sua última temporada pela equipe Brabham. Oitavo colocado na classificação geral, Piquet venceu na França e foi pole position na Holanda, o brasileiro não teve um equipamento competitivo durante o ano. A disputa pelo título ficou entre o francês Alain Prost, da McLaren, e Michele Alboreto, da Ferrari. Alboreto liderou boa parte do campeonato, mas caiu de produção a partir do Grande Prêmio da Áustria, dando a Alain Prost e a França o primeiro título mundial na Fórmula 1. Com a transferência de Keke Rosberg para a McLaren, Nelson Piquet foi contratado como seu substituto na Williams.

Em ascenção desde o final de 1985, com duas vitórias de Mansell, em Brands Hatch e Kyalami, e a de Keke Rosberg na Austrália, a equipe Williams, equipada com os motores Honda, entrava na temporada de 1986 como uma das favoritas, ao lado da McLaren. Quatro pilotos disputaram o título no ano, Alain Prost, pela McLaren, Ayrton Senna, pela Lotus, e a dupla da Williams, Nigel Mansell e Nelson Piquet. A grande sensação da temporada foi a estreante Benetton, que marcou duas poles com o italiano Teo Fabi, na Áustria e na Itália, e a vitória de Gerhard Berger no México, que surpreendeu a todos, já que o piloto austríaco não parou para trocar pneus. Ayrton Senna também protagonizou dois grandes duelos no ano, um em Jerez de la Frontera, quando ganhou de Mansell por apenas meio carro, e na Hungria, na grande ultrapassagem de Nelson Piquet sobre o piloto da Lotus. Apesar da grande arrancada de Piquet na segunda metade do ano, Alain Prost faturou o título, aproveitand-se da briga interna na equipe Williams, que deu preferência ao inglês Nigel Mansell. A disputa pelo título foi emocionante, com Prost, Mansell, Piquet e Senna disputando a liderança do campeonato desde a etapa de abertura no Brasil. Ayrton Senna permaneceu na disputa até o Grande Prêmio de Portugal, quando ficou sem combustível na última volta e terminou a corrida em 4º lugar. Assim, Piquet, Prost e Mansell chegaram a etapa final com chances de ficar com o título. Nigel Mansell, que liderou boa parte da temporada, teve um pneu estourado e abandonou a corrida. A equipe Williams, preocupada com Piquet, chamou o brasileiro para os boxes para trocou seus pneus, deixando a vitória para Alain Prost.



Em 1987, a Williams, mesmo com as brigas internas envolvendo Mansell e Piquet, ganhou o campeonato com facilidade. O brasileiro, apesar do acidente em San Marino, voltou na etapa seguinte, e com uma campanha regular, venceu 3 corridas, contra 6 de seu companheiro de equipe. Mas Nelson Piquet pontou de forma consistente ao longo do ano, levando o título no Japão, quando Mansell bateu nos treinos e ficou de fora das duas últimas corridas da temporada. Ayrton Senna, na Lotus Honda, equipada com suspensão ativa, venceu em Mônaco e nos Estados Unidos, Alain Prost superou o recorde de vitórias que pertencia a Jackie Stewart, e, no final da temporada, a Ferrari voltou a mostrar força, com as vitórias de Gerhard Berger no Japão e na Austrália. Apesar do título, a equipe Williams perdeu os motores Honda para a McLaren e o campeão Nelson Piquet para a Lotus.

Foto tirada no Flickr por: antsphoto

O ano de 1988 não apresentou grandes disputas entre equipes, já que a McLaren contruiu um carro muito superior ao da concorrência. Nelson Piquet começou bem o ano, subindo ao pódio nas duas primeiras corridas, mas a equipe Lotus, em decadência, foi perdendo rendimento durante a temporada. Ayrton Senna levou o título após superar Alain Prost no Grande Prêmio do Japão, e, com os descartes (na época os pilotos só contavam com seus 11 melhores resultados), superou o francês por 3 pontos. O campeonato de 1988 foi marcado pelo fim da era turbo na Fórmula 1, depois de 11 anos na categoria.

A temporada de 1989 foi ainda pior para Nelson Piquet, que terminou com apenas 12 pontos, sem subir ao pódio. Sem os motores Honda, a equipe Lotus disputou o campeonato com os propulsores de Judd. A melhor atuação de Piquet foi no Grande Prêmio da Inglaterra, onde o brasileiro chegou a andar em 3º, mas foi superado pelo italiano Alessandro Nannini no final da corrida. A disputa pelo título ficou novamente entre os pilotos da McLaren, e Alain Prost, apensar de vencer menos corridas que Senna, levou o título após o polêmico Grande Prêmio do Japão, quando o brasileiro foi desclassificado. Depois de duas temporadas na Lotus, Piquet assinou contrato com a Benetton para o ano seguinte.

Muitas mudanças agitaram o mundo da Fórmula 1 em 1990. Nelson Piquet na Benetton, Alain Prost, depois de 6 anos na McLaren, foi para a Ferrari, no lugar de Gerhard Berger, que assumiu o lugar de Prost na equipe inglesa. Foi um bom ano para os pilotos brasileiros, Senna ficou com o título após bater no carro de Alain Prost no Grande Prêmio do Japão, logo na primeira curva, dando o troco no francês após os episódios de 1989. Nelson Piquet fez uma boa campanha durante o ano, voltando a vencer depois de 3 anos. Vencendo as duas últimas corridas do ano, Piquet garantiu o 3º lugar no mundial de pilotos, a mesma colocação da equipe Benetton no campeonato de construtores. No Japão, Piquet ganhou novo companheiro de equipe, o Roberto Moreno assumiu o lugar de Alessandro Nannini, que sofrera um acidente de helicóptero. Moreno foi 2º colocado em sua corrida de estréia pela Benetton, conseguindo assim seu melhor resultado na Fórmula 1.

Embalado pelas 2 vitórias, a Benetton começou a temporada de 1991 cheia de expectativas. Mas a disputa pelo título ficou entre Ayrton Senna, pela McLaren, e Nigel Mansell, pela Williams. Com 4 vitórias e 4 poles nas 4 primeiras corridas, Senna abriu a diferença necessária para faturar seu terceiro título, apesar da grande ascenção da Williams durante o ano. A Benetton ainda ficou com a vitória de Nelson Piquet no Grande Prêmio do Canadá, quando Mansell perdeu a corrida na última volta, dando ao brasileiro sua última vitória na categoria. Outra decepção foi a Ferrari, que iniciou um período de 3 anos sem vitórias, voltando a vencer com Berger em 1994, na Alemanha. Nelson Piquet despediu-se da Fórmula 1 no confuso Grande Prêmio da Austrália. Disputada sob fortes chuvas, a corrida durou apenas 14 voltas, com o brasileiro terminando em 4º lugar.

Foto tirada no Flickr por: antsphoto


A carreira de Nelson Piquet na Fórmula 1:
1978: McLaren Ford, Ensign Ford e Brabham Alfa Romeo, nenhum ponto;
1979: Brabham Alfa Romeo e Brabham Ford, 15º lugar com 3 pontos;
1980: Brabham Ford, vice-campeão com 54 pontos;
1981: Brabham Ford, campeão com 50 pontos;
1982: Brabham Ford e Brabham BMW, 11º lugar com 20 pontos;
1983: Brabham BMW, campeão com 59 pontos;
1984: Brabham BMW, 5º lugar com 29 pontos;
1985: Brabham BMW, 8º lugar com 21 pontos;
1986: Williams Honda, 3º lugar com 69 pontos;
1987: Williams Honda, campeão com 73 pontos;
1988: Lotus Honda, 6º lugar com 20 pontos;
1989: Lotus Judd, 8º lugar com 12 pontos;
1990: Benetton Ford, 3º lugar com 43 pontos;
1991: Benetton Ford, 6º lugar com 26,5 pontos;