quinta-feira, 5 de junho de 2008

Piloto da Semana: Alain Prost

Fontes:
4mula1
Formula 1 Web Site Official

O francês Alain Prost chegou à Fórmula 1 em 1980, pilotando pela equipe McLaren. Logo na estréia, marcou pontos com o 6º lugar no Grande Prêmio da Argentina. Com apenas 5 pontos, Prost terminou o ano na 15º colocação o mundial de pilotos, uma das piores temporadas da história da equipe inglesa e a última comandada por Teddy Mayer, um dos fundadores da escuderia, que passou a ser dirigida por Ron Dennis a partir do ano seguinte.

Em 1981, Prost substituiu Jean-Pierre Jabouille na equipe Renault, correndo ao lado de René Arnoux, também francês. E foi no mesmo ano que Alain Prost conheceu a primeira vitória na categoria. Correndo em seu país, Prost largou na 3ª colocação, e com a chuva, superou John Watson e Nelson Piquet na segunda largada, já que a corrida foi paralisada devido às chuvas. Num dos campeonatos mais disputados, Prost venceu também na Holanda e na Itália, terminando o ano em 5º lugar, com 43 pontos, apenas 7 pontos atrás do campeão Nelson Piquet.

A temporada de 1982 tinha tudo para ser ano da França na categoria. Didier Pironi liderava o campeonato com folga, até bater e lesionar as pernas no treino para o Grande Prêmio da Alemanha. Alain Prost começou bem o ano, ganhando as duas primeiras corridas do ano, no Brasil, apesar de terminar em 3ª lugar, aproveitou-se da desclassificação de Nelson Piquet, o vencedor, e Keke Rosberg, o 2º colocado. Com a morte de Gilles Villeneuve na Bélgica e a desistência forçada de Pironi, a disputa pelo título ficou em aberto. Em um campeonato mais disputado que o do ano anterior, 11 pilotos e 7 equipes diferentes ganharam corridas. O finlandês Keke Rosberg conquistou seu único título na Fórmula 1 com apenas 1 vitória, mas premiado pela regularidade, somou 44 pontos, contra 39 de Didier Pironi e John Watson,

Depois de começar mal o ano de 1983, Prost somou seus primeiros pontos com a vitória na França, apenas na 3ª etapa do ano. Os principais nomes da temporada, junto com Alain Prost, foram os pilotos da Ferrari, René Arnoux e Patrick Tambay, e Nelson Piquet. O mundial de construtores ficou com a equipe italiana, e o brasileiro Nelson Piquet deu a equipe Brabham o título de pilotos. A disputa foi até a última etapa do campeonato, na África do Sul. A vitória de Patrese e o 3º lugar de Piquet deram o título ao brasileiro.

Após 3 anos na Renault, Prost voltou à McLaren em 1984, no lugar de John Watson. O francês venceu na reestréia pelo time inglês, no Rio de Janeiro, dividindo o pódio com Keke Rosberg e Elio de Angelis. A temporada foi amplamente dominada pela escuderia inglesa, com Niki Lauda ganhando o campeonato por apenas meio ponto de diferença, quando Prost venceu em Mônaco, mas os 6 primeiros colocados ganharam apenas metade dos pontos, já que a corrida durou menos que os 3/4 previstos no regulamento. Com 12 vitórias em 16 corridas, a McLaren ganhou com facilidade o mundial de construtores. Apesar de largar na frente 9 vezes, Nelson Piquet ganhou apenas 1 corrida, terminando o campeonato em 5º lugar, atrás de Elio de Angelis e Michele Alboreto.

Em 1985, depois de ser vice-campeão nos dois anos anteriores, Alain Prost chegou ao seu primeiro título. Depois de vencer no Brasil, o francês voltou a vencer em Mônaco, após a desclassificação em San Marino, quando perdeu a vitória devido a irregularidades em seu carro. O principal adversário de Prost na temporada foi o italiano Michele Alboreto, que corria pela Ferrari. A disputa foi equilibrada até o Grande Prêmio da Áustria, quando o francês aproveitou-se dos problemas que Alboreto enfrentou nas últimas corridas do ano. Ayrton Senna e Nigel Mansell também tiveram atuações de destaque durante o ano. Ambos conseguiram vencer pela primeira vez. Senna conseguiu desbancar Elio de Angelis e tornou-se primeiro piloto da Lotus, enquanto o inglês evoluiu bastante nas últimas etapas, ganhando em Brands Hatch e na África do Sul.

Pela McLaren, Prost foi campeão 3 vezes

Com a aposentadoria de Niki Lauda, Keke Rosberg substituiu o austríaco na McLaren, deixando seu lugar na Williams para Nelson Piquet. O campeonato de 1986 foi um dos mais emocionantes da história da Fórmula 1, com Prost, Mansell e Piquet chegando a última etapa com chances de conquistar o título. Aproveitando-se da briga interna da equipe Williams, o francês chegou ao bicampeonato. Durante todo o ano, McLaren, Williams e Lotus, com Senna, disputaram a liderança do campeonato desde a primeira corrida. A Ligier teve um bom desempenho até o Grande Prêmio da Alemanha, e, sentindo a perda de Laffite, que teve que abandonar a categoria após o acidente na largada em Brands Hatch, quando fraturou as pernas, o time francês perdeu rendimento, perdendo para a Ferrari a 4ª colocação entre as equipes. Keke Rosberg e Gerhard Berger também tiveram atuações destacadas, com o austríaco surpreendendo todos no México, vencendo a corrida sem trocar os pneus. Foi a primeira vitória de Berger e da Benetton na Fórmula 1, adiando a decisão para a Austrália. Em uma corrida com três trocas de liderança na primeira volta, Prost parou cedo para trocar um pneu furado. A troca deixou o francês em boas condições, já que Mansell abandonou pelo mesmo problema. A equipe Williams, preocupada, chamou Piquet, deixando a liderança e a vitória para Prost, que chegou ao título. A nota triste da temporada ficou por conta da morte de Elio de Angelis nos treinos coletivos realizados em Paul Ricard, na França. Substituindo seu companheiro Riccardo Patrese, o italiano bateu forte e faleceu vítima de asfixia, devido ao atraso na segurança do circuito, que demorou mais de 30 minutos para atender Elio.

Em 1987, Prost começou bem a temporada, vencendo no Brasil e na Bélgica, mas a Williams, nas pistas de alta velocidade, tirou a liderança de Prost e Senna. Assim, Piquet e Mansell disputaram o título, vencido pelo brasileiro no Japão, após Mansell bater forte nos treinos de classificação. No mesmo ano, Prost superou o recorde de vitórias que pertencia a Jackie Stewart, com a vitória no Grande Prêmio de Portugal. Na Itália, a McLaren anunciou uma das parcerias mais vitoriosas vistas na categoria, os motores Honda e a contratação de Ayrton Senna, já entre os melhores do período.

O domínio da McLaren em 1988 foi grande. A escuderia inglesa somou mais pontos que todas as outras equipes juntas. Gerhard Berger foi o único piloto a tirar pole e vitória da dupla Senna-Prost. O austríaco largou na frente na Inglaterra e venceu na Itália, aproveitando-se do incidente de Senna com Jean-Louis Schlesser, homenageando o comendador Enzo Ferrari, que falecera semanas antes. Ayrton Senna somou 13 poles contra 2 de Prost. Já nas vitórias, o brasileiro somou 8 contra 7 do francês. Com o regulamento na mão, Ayrton Senna chegou ao primeiro título, ganhando no Japão, perdendo apenas 4 pontos no descarte de resultados, enquanto Prost descartou 3 segundos lugares, caindo para 87 pontos. O sistema de descarte de resultados durou até 1990, e na época, os pilotos só contavam com os 11 melhores resultados na pontuação final.

A temporada seguinte foi novamente dominada pelos carros da McLaren, mas Prost, mantendo uma regularidade durante o ano, chegou ao seu terceiro título após o polêmico Grande Prêmio do Japão, quando o francês jogou o carro em cima de Senna. O brasileiro não se deu por vencido e conseguiu superar a Benetton de Alessandro Nannini para chegar na frente. Mas Jean-Marie Balestre, presidente da Federação, desclassificou Senna por direção perigosa. Depois de 6 anos de McLaren, Prost transferiu-se para a Ferrari, devido ao desgaste nas relações com Senna, que teve um ano difícil, pontuando em apenas 7 ocasiões.

Mesmo na Ferrari, a disputa pelo título em 1990 foi novamente entre Senna e Prost. O substituto do francês na McLaren, foi o austríaco Gerhard Berger, que havia saído da equipe italiana. Assim, a Fórmula 1 teve um campeonato mais disputado, com a Williams e a Benetton mostrando força. Patrese em San Marino, e Boutsen na Hungria, deram as duas vitórias ao time comandado por Frank Williams. Depois de dois anos na Lotus, Piquet voltou a vencer pela Benetton, nas duas últimas corridas do ano. Mais uma vez, a decisão do campeonato foi no Japão. Ao contrário de 1989, Senna venceu logo na largada, quando acertou a traseira da Ferrari de Prost. Outro piloto com atuação de destaque foi o francês Jean Alesi, que somou seus 13 pontos nas quatro primeiras corridas do ano. Alesi protagonizou diversos duelos durante o ano. Em Phoenix, nos Estados Unidos, teve uma grande disputa com Ayrton Senna até a metade da corrida, quando o brasileiro conseguiu tomar a liderança e chegar na frente. Em San Marino, foi a vez de Nelson Piquet, e em Mônaco, seguiu Senna durante as últimas voltas, mas sem ameaçar a vitória do brasileiro.

Prost competiu pela Ferrari nos anos de 1990 e 1991

A Ferrari não conseguiu repetir a performance de 1990, e iniciou em 1991, um período de 3 anos sem vitórias na Fórmula 1. Depois de dois anos na equipe italiana, Nigel Mansell voltou para a equipe Williams, deixando seu lugar na Ferrari para Jean Alesi. A disputa pelo título ficou entre a McLaren de Senna contra a Williams de Mansell e Patrese, decidido no Japão em favor do brasileiro. Para Prost, foi um ano para ser esquecido. O piloto francês não ganhou nenhuma corrida ao longo do ano, feito acontecido apenas em 1980, quando estreou pela McLaren. Os melhores resultados de Prost no ano, foram os 2os lugares nos Estados Unidos, na França e na Espanha. Após vários desentendimentos com a direção da equipe, o francês foi demitido pela Ferrari e nem chegou a disputar a etapa de encerramento da temporada, na Austrália. O campeonato de 1991 marcou a estréia de dois futuros campeões, o alemão Michael Schumacher e o finlandês Mika Hakkinen, além da despedida de Nelson Piquet e da última vitória de Nelson Piquet na categoria.

Sem conseguir lugar em 1992, Prost assinou no fim do mesmo ano um contrato com a equipe Williams, com a condição de que o time inglês não contratasse Ayrton Senna, com quem correu em 1988 e 1989 na McLaren. Correndo ao lado de Damon Hill e com um carro superior ao dos concorrentes, Alain Prost não teve dificuldades para conseguir o quarto título na Fórmula 1, vencido no Grande Prêmio de Portugal, onde bastou um 2º lugar para dar o título ao francês. Damon Hill também teve boas atuações, mas não ameaçou a caminhada de Prost. Ayrton Senna e Michael Schumacher, mesmo com equipamento inferior ao conjunto Williams-Renault, deram bastante trabalho a escuderia inglesa. Mika Hakkinen, mesmo disputando apenas as três últimas corridas do ano, superou Senna e Schumacher nos treinos para o Grande Prêmio de Portugal, em sua estréia pela McLaren. A corrida na Austrália, encerramento do campeonato, marcou as despedidas de Prost e Patrese da Fórmula 1 e a última vitória de Senna.

Pela equipe Williams, Prost foi campeão em 1993

Depois de 5 anos na McLaren, Ayrton Senna deixou o time de Ron Dennis para substituir Prost na Williams. Mas o brasileiro teve vida curta na equipe comandada por Frank Williams. Mesmo somando três poles em três corridas, Senna não somou pontos nas etapas do Brasil e do Pacífico, e terminou de maneira trágica sua carreira na Fórmula 1, após o acidente em San Marino, num dos finais-de-semana mais trágicos na história da categoria.



A carreira de Alain Prost na Fórmula 1:
1980: McLaren Ford, 16º lugar com 5 pontos;
1981: Renault, 5º lugar com 43 pontos;
1982: Renault, 4º lugar com 34 pontos;
1983: Renault, 2º lugar com 57 pontos;
1984: McLaren TAG, 2º lugar com 71,5 pontos;
1985: McLaren TAG, campeão com 73 Pontos;
1986: McLaren TAG, campeão com 72 pontos;
1987: McLaren TAG, 4º lugar com 46 pontos;
1988: McLaren Honda, 2º lugar com 87 pontos;
1989: McLaren Honda, campeão com 76 pontos;
1990: Ferrari, 2º lugar com 71 pontos;
1991: Ferrari, 5º lugar com 34 pontos;
1993: Williams Renault, campeão com 99 pontos;

Nenhum comentário: