quinta-feira, 29 de maio de 2008

Piloto da Semana: Elio de Angelis

Fontes:
GPTotal
4mula1
Formula One - Website Official

Elio de Angelis ficou conhecido no mundo da Fórmula 1 como um dos últimos pilotos “cavalheiros”, pela sua regularidade, e pela direção limpa, mais preocupado em terminar as corridas ao arriscar pelas vitórias.

A carreira de Elio de Angelis na Fórmula 1 teve início em 1979 pela equipe Shadow. Elio era visto na categoria como um menino rico. Mesmo com um carro limitado, terminou a última corrida do ano em 4º lugar, no circuito de Watkins Glen.

Transferido para a equipe Lotus, Elio de Angelis disputou a temporada de 1980 ao lado de Mario Andretti, campeão em 1978. Logo na segunda corrida, no Brasil, de Angelis conseguiu terminar a corrida em 2º lugar, a última corrida de Fórmula 1 disputada no antigo traçado de Interlagos. Com uma campanha regular, superou Andretti, que conseguiu apenas 1 ponto, com a 6ª colocação em Watkins Glen, última etapa do ano.

De volta às tradicionais cores preta e dourada, que deram lugar ao azul da Essex em 1980, a equipe Lotus trouxe o inglês Nigel Mansell para o lugar de Mario Andretti. Enquanto Mansell cometia vários erros, devido também ao estilo de pilotagem arrojada, rendendo ao inglês o apelido de leão. O melhor resultado de Elio em 1981 foi o 4º lugar no Grande Prêmio da Itália.

Na temporada seguinte, em 1982, uma das mais disputadas da história da categoria, 11 pilotos em 7 equipes diferentes ganharam corridas. No Grande Prêmio da Áustria, Elio de Angelis conseguiu sua primeira vitória na categoria ao segurar a pressão do finlandês Keke Rosberg nas voltas finais, cruzando a linha de chagada apenas meio carro a frente. Foi também a última vitória da Lotus sob o comando de Colin Chapman, que faleceu no fim do mesmo ano por causas misteriosas. No campeonato, de Angelis terminou a disputa em 9º lugar com 23 pontos.

O ano de 1983, para Elio de Angelis, foi uma temporada de desenvolvimento. A Lotus resolveu trocar os motores Ford aspirados, pelos turbos da Renault. Elio disputou apenas o Grande Prêmio da França com os propulsores da Ford. Apesar de diversos problemas com os novos motores Renault, de Angelis ainda conseguiu somar dois pontos no campeonato, com a 5ª posição no Grande Prêmio da Itália, e fez em Brands Hatch, a primeira pole position na carreira.

Após um ano de desenvolvimento em 1983, Elio de Angelis conseguiu em 1984 sua melhor colocação no mundial de pilotos, superado apenas pela dupla da McLaren, Niki Lauda e Alain Prost. Pontuando regularmente ao longo da temporada, de Angelis superou seu companheiro de equipe Nigel Mansell pela terceira vez nas quatro temporadas que correram juntos. Apesar da regularidade, o melhor resultado de Elio foi a 2ª colocação em Detroit, nos Estados Unidos. Nos contrutores, a equipe Lotus conseguia sua melhor colocação desde o título de 1978, terminando a disputa em 3º lugar, superada apenas por McLaren e Ferrari.

Em 1985, Elio de Angelis ganhou um novo companheiro de equipe, o brasileiro e promissor Ayrton Senna. Nigel Mansell foi para a Williams, no lugar de Jacques Laffite, que retornou à equipe Ligier. Mantendo a mesma regularidade do ano anterior, de Angelis saiu de Mônaco, 4ª etapa do campeonato, na liderança, com 20 pontos, contra 9 de Senna, que era o 5º colocado. Elio ainda herdou a vitória no Grande Prêmio de San Marino, quando Alain Prost, o vencedor, foi desclassificado por estar com seu McLaren 2 quilos abaixo do peso mínimo permitido. Ao chegar nos testes em Paul Ricard, no intervalo entre as etapas de Mônaco e do Canadá, Elio percebeu que Senna havia conquistado a condição de primeiro piloto. Enquanto o brasileiro treinou, de Angelis deu apenas três voltas, sentindo-se tratado como um piloto estreante. Os resultados de Elio também sucumbiram, e o italiano somou apenas 13 pontos nas outras 12 corridas, enquanto Ayrton Senna conquistou uma vitória na Bélgica e passou de Angelis na pontuação. O ponto mais crítico entre os dois aconteceu na África do Sul, em Kyalami, quando Senna tentou ultrapassar o italiano, que levou uma fechada do brasileiro. Ambos abandonaram a corrida, e nos boxes, quase chegaram às vias de fato, quando Elio, irritado com os acontecimentos na equipe e com a manobra de Senna, quase acertou um soco no companheiro.

Sem aceitar a condição de segundo piloto na Lotus, Elio de Angelis foi para a equipe Brabham, substituindo Nelson Piquet, que foi para a Williams. Ao lado de seu compatriota Riccardo Patrese, tentaram desenvolver o novo carro da equipe, que tinha um rendimento instável. Foi a pior e mais curta temporada de Elio, que disputou apenas quatro corridas. Em Mônaco, seu último Grande Prêmio disputado, largou na última colocação e não terminou a prova. Para os testes coletivos em Paul Ricard, a Brabham tinha convocado Patrese para realizar os treinos, mas de Angelis, que era contrário aos treinos coletivos, pediu para treinar no lugar de seu companheiro, buscando entender mais sobre o carro, que ficou conhecido como skateboard, por ser um dos mais baixos do mundo. Ao passar por uma das retas, a asa traseira da Brabham soltou-se, lançando o bólido contra o guard-rail a mais de 250 quilômetros por hora. Com a demora do atendimento médico, Alan Jones, Alain Prost e Nigel Mansell tentaram socorrer o italiano, que apesar de sofrer pequenas lesões pela batida, faleceu no dia seguinte devido às lesões no cérebro, provocadas pelo incêndio no carro.

O acidente de Elio de Angelis, contribuiu e muito para as melhorias nos procidimentos de primeiros socorros e segurança na Fórmula 1. Depois do piloto italiano, apenas dois pilotos faleceram em acidentes fatais na categoria. Roland Ratzemberger e Ayrton Senna, ex-companheiro de Elio na Lotus, faleceram no Grande Prêmio de San Marino em 1994. os acidentes fatais serviram para que medidas de segurança, tanto para atendimento e as novas configurações nos carros evitar novos problemas. Depois de Senna, nenhum piloto perdeu a vida na Fórmula 1, mostrando que as novas medidas de segurança têm sido eficientes nas pistas.


Elio de Angelis, Brands Hatch, 1984
Foto tirada no Flickr por: antsphoto

A carreira de Elio de Angelis na Fórmula 1:

1979: Shadow Ford, 15º lugar com 3 pontos;
1980: Lotus Ford, 7º lugar com 13 pontos;
1981: Lotus Ford, 8º lugar com 14 pontos;
1982: Lotus Ford, 9º lugar com 23 pontos;
1983: Lotus Ford e Lotus Renault, 17º lugar com 2 pontos;
1984: Lotus Renault, 3º lugar com 34 pontos;
1985: Lotus Renault, 5º lugar com 33 pontos;
1986: Brabham BMW, nenhum ponto;

Um comentário:

Camila Cover disse...

Oi diego,
legal teu blog, pena que eu não gosto mto de formula 1 né haha mas gosto dos pilotos! hahahaha

Beijos